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Ir Pro Trabalho Pedalando

Saindo cedo de casa de bicicleta para o trabalho .
Saindo de casa ainda à noite.
   Esse ato pode resultar de diversas razões: porque é perto, porque quero ver se dá, descobri que tem vestiário na empresa, quero economizar com combustível. Com certeza, devem existir mais algumas razões não citadas mas, dentre as possíveis respostas, uma delas pode simplesmente ser porque sim. E por quê não? Ainda temos um longo caminho a percorrer até que tenhamos realmente uma convivência pacífica no trânsito de um modo geral. O que envolve automotores, pedestres e nós, ciclistas. Mas essa é uma discussão que já ocorre há anos e até agora não se chegou a uma operação prática. Na teoria a resposta é bem simples: respeito mútuo. Na prática, é bem mais complicado. Estamos  todos certos, ciclistas, pedestres, motoristas... E por quê? Porque sim, porque é meu direito ir e vir, vou como quero. O outro é quem está errado, não eu. E por ai vai. E nesse jogo de empurra, demoraremos muito tempo ainda até resolvermos estas questões. Até lá, o jeito é prestar atenção em si e ter cuidado com os outros.
visualização em parte do trajeto com e sem iluminação.
Trecho sem nenhuma iluminação onde
se faz necessário o uso da lanterna
   Na grande maioria, a resposta é simplesmente porque sim, porque dá pra ir. No quesito economia, é bem significativo e, às vezes a diferença de tempo é muito pouca do carro para a bicicleta. Esse tempo aumenta, claro, quando se leva em conta o tempo envolvido em todo o processo: levantar bem mais cedo para sair com alguma folga, e para dar tempo de chegar, tomar um banho e comer alguma coisa antes de iniciar o batente. Cansativo? Não. Cansaço sim, cansativo não. Nas minhas idas pedalando, que estão aumentando gradativamente, o cansaço dura até o banho. Com o café logo após, a disposição para a jornada diária parece até mesmo melhorar, mesmo trabalhando em pé. Prefiro ir nos fins de semana e quando trabalho nos feriados. Apesar de ainda ter um trânsito considerável, é bem menos que nos  dias úteis. Até mesmo a sensação de que algum motorista vai passar por cima é menor. Pode ser uma ideia subconsciente de que, nos fins de semana, menos carros e mais esportistas utilizam as ruas, o que pelas minhas experiências, acontece realmente. Mesmo assim, os motoristas parecem estar respeitando mais os ciclistas do que  há alguns anos. Sinceramente ainda acho estranho alguns deles dando passagem. Realmente fiquei tempo demais longe da bike. Até alguns  motoristas de ônibus parece que aderiram a onda de respeito aos ciclistas. Mas só alguns.
av. dos estados pedalando
    Nos dias úteis, o trânsito é intenso. Mesmo tendo melhorado a convivência, de vez em quando tu leva uma espremida, uma buzinada ou alguém com aquele pensamento de que bicicleta para rápido e  corta tua frente. 
   Mas e depois na volta? Tudo bem. Aí cansa um pouco mais. Até por ter cumprido expediente. O mesmo caminho na volta parece mais longo. Mas não é algo assustador. Nada que  tempo e prática não resolvam. 


Gadgets

imagem aérea de trajeto pedalado
   Velocímetro? Sensor de cadência? Dispositivo para gravar trajeto (geralmente o celular, que já serve para tirar umas fotos no caminho)? Medidor de frequência cardíaca ??? Pra quê essa coisarada toda? Bom, se você usa a bicicleta para ir ali na padaria buscar pão, isso não serve para nada além de carregar peso. Se você passou essa fase e está começando a ir além de dar aquela voltinha na quadra no final da tarde para explorar novas ruas, novas distâncias, onde você jamais imaginaria que pudesse ir, essa tranqueira começa a fazer sentido. Mas se você vai continuar usando a bike pra ir buscar pão, aí sim, são só peso morto.
painel de aplicativo de monitoramento esportivo.
   Se como alguns de nós, já começa a nevar sobre sua cabeça ou simplesmente estava (como eu estive) há tanto tempo parado que até ir na padaria pedalando era um martírio, esses dispositivos podem ajudar a avançar de forma mais controlada nos treinos. Com eles, você monitora a velocidade nas primeiras pedaladas e consegue saber a média de velocidade que não vai te desgastar pelos primeiros meses de readaptação ou adaptação. Um sensor de cadência em conjunto com o velocímetro também pode ser bem útil, pois você consegue ver também o ritmo de giro dos pedais. Tá, e o monitor cardíaco serve mesmo? Depende. Tem ido ao médico? Quase ninguém vai, e quase ninguém tem a menor intenção de ir. Não que isso justifique, mas se você sabe a sua frequência cardíaca máxima, um sensor vai te avisar quando você se passar. Tem mais? Sim, temos mais um que considero muito legal e talvez substitua aos outros, que é o que grava seu trajeto e informações como distância, elevação, velocidade máxima e recordes em determinados trechos. Existem alguns aplicativos móveis que fazem isso excelentemente e com funcionalidades características. Então, defina o que precisa e teste os aplicativos  antes de definir o que vai ser usado.
imagem de ciclocomputador   "Não sou profissional para usar essa coisarada toda para dar uma pedalada." Não precisa ser profissional, basta ter vontade de manter uma regularidade. Achar que todas as pedaladas vão ter as mesmas características é uma coisa.  Ter certeza de que todas elas realmente não tem nenhuma regularidade e essa tranqueira está te mostrando isso é outra. Quase todas as atividades que exercemos nos dão resultados em números, aí justamente a que deveria ser diversão vai gerar mais uma sequência deles? Sim. Infelizmente se quiser melhorar controladamente o seu desempenho, sim. Mais números para incluir na  sua vida.