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Junta dinheiro e compra um carro...

   Todos os que pedalam por prazer já ouviram a célebre frase que dá titulo a este post.
Claro que ter um carro é algo muito útil e prático, mas pedalar não é só  uma necessidade de deslocamento. Tudo bem, para alguns até é sim necessidade de locomoção. Mas me refiro aqui aos que como eu, as tem pelo simples prazer de sentir o vento e as vezes a chuva batendo no corpo.
   Boa parte dos que pedalam por prazer possuem carro ou moto. Pedalar simplesmente por pedalar é que parece que não entra na cabeça de algumas pessoas. E quando eles ficam sabendo que o que você pagou numa relação ou nos freios da magrela compraria a relação ou os freios da moto deles? Aí tu passa a ser maluco confesso.  Ainda assim valem as piadas, críticas e as eventuais buzinas no dia a dia. A vontade de pedalar por aí é maior. 
   Noto que a maioria das pessoas que possuem algum veículo não vai nem na padaria,  que é na metade da quadra, a pé, e ainda culpam o carro/moto pelo sedentarismo. Bom, já passei por esse time: tiro sarro das outras pessoas que tem moto dizendo que estes só não andam de moto dentro de casa porque não passa pelas portas. Logo que comprei a minha também foi assim. Qualquer coisa era desculpa pra rodar por aí. Caminhar só onde a moto não podia passar. Mas consegui driblar essa fase. Ainda tenho moto, mas agora divido meu tempo entre a bike e a moto. Tento pelo menos  nos finais de semana e feriados ir para o trabalho pedalando quando o clima permite. O problema é que o  trânsito nos dias úteis é um pouco desencorajador. Mas ir durante a semana ainda vai ser analisado com mais cuidado mais para frente. Não que o transito vá melhorar para o lado do ciclista, mas a resistência  precisa voltar para enfrentar um trajeto mais longo numa velocidade um pouco maior que a atual. já alcancei algum avanço desde a volta ao pedal. Mas ainda não é o suficiente para enfrentar as ruas como antigamente.

Manutenção

   Definitivamente a parte chata... 
Aquela parte para a qual tu nunca tem tempo. Mesmo que esteja sentado no sofá jogando ou vendo algum jogo. O negócio é pedalar, pô. 

   Depois de muito tempo resolvi fazer o básico: tirar as rodas lavar, aproveitei pra revisar os cubos (ainda de bacias, já beeeem judiados), e trocar os rolamentos (bacias) da caixa de direção. "Credo, bacias ???" Sim, gente. É uma Caloi supra aluminium 1998. Quadro standard.

    Houve um tempo em que só buscava as peças e trocava em casa. Aliás, naquele tempo eu até gostava de desmontar, limpar tudo com querosene, engraxar tudo e remontar. Era legal. Acabei aprendendo sobre paciência, quanto tempo em média para trocar cada componente e o tempo médio de vida de cada peça, de boa ou media qualidade. O que depois de algum tempo parei de fazer. Já sabia o que estava errado só pelo barulho que estava fazendo. Como com o trabalho mal conseguia sair com ela dia de semana, deixava no ciclista para fazer os reparos necessários com a seguinte recomendação: NÃO MEXE NOS FREIOS. Os quais ainda fazia questão de deixar do jeito que eu queria regulando eu mesmo. "Nãããão, freio tem que ser assim..." diziam eles. Cara, EU tô andando no meio dos carros, meu freio, meu jeito.


   Então,... rodas fora, os cubos não tem casas, tem edifícios. A caixa de direção já nem aperta porque a travinha da arruela separadora já nem existe mais. Levo no ciclista ou não?... O cara vai me torrar a paciência dizendo que ela tá velha, já não tem peças boas compatíveis e vai tentar me empurrar o filezinho da loja: leve, rápida, discos hidráulicos, aro 29, toda rolamentada... Vamos trocar em casa mesmo, lembrar dos velhos tempos.. 
 Depois de algum tempo olhando, comecei soltando as rodas limpando os cubos, abrindo as tampas, limpando e engraxando de novo. O cambio traseiro relembrei a cor dele, os discos-guia ainda não mexi pois os novos estão a caminho. resolvido o problema na caixa de direção, hora de recolocar tudo no lugar.
    Ainda é só uma bicicleta,...   não tem nenhuma sobra...   


Terminado. Hora de rodar.   

   

Reiniciando...

  Era uma vez...
Tá, sério. Pedalo a muito tempo. As vezes fico na dúvida se aprendi a pedalar ou a correr primeiro. Nesses anos todos em cima de duas rodas tive experiências variadas (quando converso com outros ciclistas vejo que não cheguei a extremos). Nunca me tornei sequer amador. Nunca competi. Talvez (provavelmente) por falta de incentivo, ou conhecimento de causa. Não que não tivesse capacidade. Durante muito tempo pedalei sozinho pelas distâncias maiores que pedalava em relação aos meus amigos. "Por que tu não compete?" Nunca ouvi. Na verdade ouvi perto de do início de um longo intervalo longe da bike; então, nem iniciei as possíveis competições.
   Agora depois desse intervalo, de volta ao pedal, talvez ainda sem competir, só pela emoção. Até porque ainda tenho a mesma bike de loonga data. Não que isso seja um problema. Mas por enquanto só quero estar de volta às duas rodas.