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Vélodromo do Parque Marinha do Brasil

Velódromo do parque Marinha do Brasil
Logo na chegada é possível ver
 a inclinação das curvas
    É um traçado fantástico. A inclinação das curvas permite que você não precise reduzir a velocidade na entrada e proporciona uma saída rápida sem a preocupação de bater os pedais no chão. A reta é longa, no meio das árvores onde há um pouco de sombra dando um alívio em um dia de sol forte, e há o vento que vem do rio para ajudar a refrescar enquanto está dando as voltas na pista.
   Pena que esteja tão deteriorado. Há várias  rachaduras bem avantajadas e buracos na pista. As raízes das árvores estão levantando o pavimento em  alguns pontos e o asfalto já não é mais adequado para as bicicletas de hoje.  E para usar a rampa de acesso ao velódromo é melhor ter uma Mountain Bike.
O acesso em péssimo estado
   Já faziam uns dez anos desde que pedalei no velódromo pela última vez. Está bem mais prejudicado do que me lembrava. Quando conheci a pista, a preocupação era não escorregar nas folhas das árvores que acumulavam e ainda acumulam nas curvas. Eram poucas as pessoas que usavam a pista para caminhar. Acho que a consciência era outra (e se não me engano tinha uma placa informando que era uma pista de ciclismo). Dava para chegar a qualquer hora e começar a marcar tempo sem ter que desviar de pedestres.  Mas nesses últimos anos a pista piorou bastante. Usar uma speed ali deve ser um tanto desafiador, pra não dizer incômodo. Como disse, folhas, imperfeições e o pavimento áspero e esburacado. Ainda preciso descobrir alguma outra pista pela região. Claro, existem diversos locais onde pedalar. A avenida ao lado do parque é completamente fechada ao transito de veículos motorizados nos finais de semana, permitindo a ciclistas e pedestres uma atividade mais segura, embora todos misturados. E se como disse antes, para marcar tempo, é melhor uma pista fechada. Mas encontrar outra com a facilidade de acesso desta e a proximidade com diversos outros pontos turísticos e interessantes da cidade que podem ser facilmente explorados pedalando, acho que vai ser bem difícil. 
Realmente tem uma indicação sobre
ser uma pista de ciclismo
   Pô, aqui é o país do futebol, então estamos fadados e não ter estrutura  pública alguma para nenhum outro esporte que não seja o futebol. Para construir um campo de futebol é só arrumar um terreno plano, demarcar, fazer uma solda meia-boca em uns canos de ferro para fazer as traves e "voilà", está pronto o campo de futebol. Já para fazer um velódromo,...  E é justamente por isso que o de Porto Alegre deveria ter mais atenção. Talvez possa até ser explorado comercialmente. Não cobrando de nós, claro, mas de fabricantes, comerciantes e demais patrocinadores. Visibilidade, preservação e consequentemente, mais ciclistas.
   
   


Ciclovias

    Como um ciclista de rua que prefere a RUA às ciclovias, do meu ponto de vista e de alguns outros pedalantes, o indivíduo que projeta/constrói as ciclovias não pedala. Deve sequer caminhar pelas ruas, do contrário saberia que tinta molhada escorrega. E bastante. Há outros meios de identificar uma ciclofaixa. Raro encontrar uma que tenha um padrão de identificação lateral somente e  geralmente são de pouca extensão.  
O quê é isso???
   "Estão reclamando de barriga cheia, comeram um pedaço da calçada pra fazer isso aí que ninguém usa... "
Espera aí, ninguém é uma cifra exagerada. Pedestres, corredores e ciclistas as usam. Geralmente ao mesmo tempo. 
  Sim, as ciclovias engoliram parte considerável da calçada em alguns pontos e sim, tornaram os esbarrões mais dolorosos. Mas a ciclovia retirou da rua aqueles ciclistas que usam a magrela como meio de transporte, locomoção mesmo, e também o ciclista eventual, aquele de fim de semana que vai mais devagar,  a passeio. Preventivamente, as chances de colisão ou atropelamentos já se reduziram bastante pois os ciclistas de fim de semana que tem pouca vivência junto com os carros agora estão fora da rua. E são justamente estes os que as usam.  
Péssima conservação
   Foi noticiado há algum tempo que na Alemanha está sendo construída uma ciclovia que terá 100 quilômetros de extensão, cujos primeiros 10 quilômetros, foram inaugurados no final de 2015, com o restante previsto para até 2020. Ciclovias que fazem ligações entre cidades. Para nós, um sonho distante. Na nossa realidade, bicicletas são apenas um instrumento de lazer, não são vistas como esporte amador ou profissional, muito menos como veículo de transporte. Então se por alguma razão você pretende ir para o trabalho, faculdade ou outros destinos mais distantes, vai ser pelas  ruas  ou calçadas, quem pedala há tempo sabe disso. Dentre as ciclovias que dispomos, algumas serviriam de pista de provas para suspensões de tão irregulares e onduladas. Há algumas onde o pavimento foi posto por cima de raízes de árvores que ficavam na calçada. Um quebra-molas? Em alguns trechos, são pontos para  assalto, onde não é necessário sequer que o meliante vá procurar uma vítima, é só esperar que ela venha de encontro. 
ciclovias com somente identificação lateral
Dificilmente se vê ciclofaixas com o
padrão lateral somente.


   Termos ciclovias nos moldes europeus é um sonho distante e, se depender do governo e da mídia, que insiste em sermos o "País do futebol", ainda teremos que conviver por um longo tempo com projetos ruins, malfeitos e transitáveis apenas por pedestres. 




Interessante.
Estreitamento da via devido as árvores