Translate

Novamente, uma moto.

       Há algum tempo atrás, por um período de seis anos, não cheguei perto da minha antiga bicicleta. E o motivo foi tão simples como prático: havia comprado uma motocicleta. Não ia mais a lugar algum que não fosse pilotando. E este horizonte está retornando aparentemente.
      Já há algum tempo, vinha dando preferência à ir ao trabalho de bicicleta ao invés do transporte público, praticamente todos os dias pedalava até o trabalho.
     Mas sempre tinha a opção dos transportes sempre que batia o cansaço ou estava chovendo. O que vinha acontecendo pouco, então as pedaladas eram muito constantes e prazerosas. Mas como a diferença entre o remédio e o veneno é a dosagem, certo tempo depois, precisei alterar o meu horário de trabalho e com isso, o transporte público já não era uma opção, e a bicicleta se tornou obrigatória: sol, chuva, frio ou calor.
     Como um ciclista já de longa experiência, pedalar constantemente era ótimo, mesmo a rotina de ir para o trabalho era ótima. Mas com os acontecimentos citados no parágrafo anterior, o peso da obrigação venceu o prazer. Desânimo, cansaço e desmotivação. Algo que imaginei nunca sentir em relação à pedalar. Mas aconteceu. Com uma duração de quarentena minutos em média, foram períodos intercalados de clima ótimo com outros de sol extenuante, chuvas de intensidade variada e frio razoável. Situações que sempre encarei sem problemas. Porém eram por opção, nunca obrigação.
     Agora com a motoca esse recesso ciclístico está novamente se avizinhando: econômica, rápida, prática e em alguns pormenores, um custo de manutenção menor, as pedaladas serão diminuídas drasticamente, mas serão novamente prazerosas e relaxantes como sempre foram. Mesmo com as adversidades que todo ciclista sabe que vale a pena enfrentar.