Translate

Precauções

      M... não vi o cara.
Se você além de pedalar, dirige, sabe a importância de sinalizar a magrela. Na verdade, o título original desse post era Sinalizar a Bike, mas depois das minhas últimas saídas, resolvi alterar o título. Sinalizar devidamente a magrela é claramente uma questão de segurança, não somente para quem pedala só a noite, mas porque acaba sendo inevitável enfrentar algumas vezes a escuridão. 
     "Poutz, uma bicicleta..."  As vezes nem os reflexivos dos pedais os indivíduos tem (os famosos olhos de gato), que dirá iluminação. Aí tu imagina: nenhuma sinalização, noite ou cerração; susto na certa para os dois lados.
     Então, mais uma vez durante o retorno para casa em uma das idas para 0 trabalho de bicicleta, meu pneu furou. Mas a salvação veio através da câmera reserva que sempre carrego. Troca rápida, coisa de 10 minutos e já estava rodando de novo. Tendo em vista isso, resolvi mudar o título de iluminação na Bike para o atual.  Isso faz parte de algum critério de segurança sobre bicicletas? Normativamente? Não. Na prática, isso mais faz parte de planejamento do que obrigatoriedade. Como assim? O negócio não é subir na bike  e esquecer da vida? Sim, é. Mas você esquece da vida DEPOIS de sair de casa. Antes disso vem a preparação: revisar o essencial, equipamento de segurança, algum petisco para beliscar no caminho em quantidade proporcional à distância que pretende alcançar, água (manter sempre cheia. Nada de achar que o que tem dá). Claro, tu tens que fazer uma projeção do caminho para não carregar peso de graça. Algumas pessoas confundem equipamento com acessórios. Em alguns casos, esses acessórios são só lastro.
     No meu retorno ao pedal, agora com uma condição de vida diferente, me impus algumas regras mínimas de segurança. Antigamente não usava capacete, óculos, sinalização nem algum reparo para a bike caso desse problema no caminho. Nunca tive problemas e sempre que ocorreu  algum imprevisto,  foi saindo ou chegando em casa. Mesmo em pedaladas mais distantes. Pura sorte na inconsequência dos 20 e poucos. 
    Mas aprendemos a partir dessas pequenas irresponsabilidades juvenis. Cuidados que só por experiência mesmo se adquirem.  Hoje sem uns trocados, uma câmera reserva e a garrafa d'água nem saio de casa. 
    

No meio Dos Carros

    Pedalar no trânsito não é o tipo da coisa que seja recomendado. Nem por nós mesmos que fazemos isso. Então por quê fazemos? Boa pergunta. De arrancada, lugar de bicicleta não é na calçada, a não ser que esteja sendo empurrada e, empurrar a bike só ladeira acima se a transmissão não permitir e a teimosia acabar cedendo. Ciclovias? não temos o suficiente, e as que dispomos são ruins, estão engarrafadas, não cobrem o trajeto todo e convenhamos, se estamos pedalando no meio dos carros é porque a nossa velocidade está muito acima da praticada na ciclovia. Então a deixaremos para ciclistas a passeio. Nos resta o trânsito. 
    Pedalar no acostamento no caso de estradas é mais tranquilo, quando estas possuem um que esteja em boas condições de rodar e  seja suficientemente largo, se não for, paciência, o negócio vai ser trafegar em cima da faixa que delimita o fim da pista para o mato ou  barranco do lado da via e contar com o bom senso dos motoristas. Então resta confiar que o motorista que vem atrás te viu e não vai "só te dar um susto" sem a menor necessidade e  simplesmente porque sim.
Bom acostamento com poucas imperfeições
   Depois de alguns anos, pedalar nas estradas se tornou um pouco menos preocupante, talvez pelo  crescente número de ciclistas que se aventuram em trajetos intermunicipais. Claro, esse tipo de percurso exige um pouco mais de experiência, preparo físico, coragem e uma sinalização mais evidente na magrela, embora alguns persistam em não ter. 
    Pelas ruas dos centros urbanos, o fluxo maior é mais preocupante: pressa, desatenção, stress e o conhecido celular que alguns motoristas insistem em usar enquanto dirigem. Os buracos e emendas nas vias são de evidente preocupação: um pneu mais fino encaixa numa fenda no concreto e você fica igual a um carrinho de autorama. Só que na bicicleta você cai. 
    Como se refere o título deste post, andar ao lado da pista, ou no meio do corredor, como se fosse uma motocicleta as vezes é a unica solução para a velocidade que você está impondo à magrela, principalmente ladeira abaixo, onde as vezes nossa velocidade é igual ou maior que a dos veículos automotores, o que geralmente lhes causa espanto, afinal ver um maluco a 60, 70 quilômetros/hora (as vezes mais) em uma bicicleta, para alguns ainda é surreal.