Arena do Grêmio futebol Porto-alegrense. Um belo estádio. Mas no momento, serve somente para dar início a minha jornada através da BR-448, que liga Porto Alegre, neste ponto, até Sapucaia do Sul, na RS-118. Antes de decidir efetivamente fazer este trajeto, procurei informações de ciclistas que já haviam pedalado por aqui para ver se descobria algo, mas foram recomendações e cuidados que se deve tomar em qualquer estrada. Não estava nos planos percorrer a BR nessa ocasião, mas já estava por aqui, então, fui conferir.
Logo no início, depois do trevo de acesso em frente ao estádio, nota-se que o acostamento é generoso na maioria do trajeto, a exceção dos acessos e saídas, permitindo que duas bicicletas rodem lado a lado sem apertos. É melhor que muitas ciclovias por aí, bastante plano, sem solavancos ou emendas (por enquanto), mesmo com uma parte do trecho com recape no asfalto, ainda não há o degrau entre a pista de rolamento e o acostamento e, ao contrário da pista principal, o acostamento não tem buracos porém, devido ao fluxo intenso de veículos e ao asseio de alguns motoristas, é bastante sujo. Nos trechos onde o asfalto foi recapado, aquele excesso que é arremessado para fora da pista pelos veículos acumulou no acostamento. A sensação era que rodava no saibro. É um tanto preocupante porque no meio disso pode ter algum caco de vidro ou outro tipo de objeto que possa furar os pneus e, há objetos diversos espalhados: vi parafusos, pedaços de objetos metálicos, restos de acidentes também. Alguns deles na via, o que me trouxe a preocupação de algum veículo passar por cima e arremessar na minha direção. Felizmente não ocorreu.
Em toda a extensão da rodovia, não há aclives ou declives que exijam do ciclista ou do conjunto, salvo as elevadas dos viadutos de transposição da estrada férrea e da BR-386, que são bem suaves, mal sendo necessário uma troca de marcha. Não havia muito vento neste dia, então foi bem fácil e até rápido o percurso. Mas imagino que num dia de vento razoável, seja muito cansativo.
Ouvi muito falar sobre assaltos e que ocorriam com alguma frequência. Bom, não sei se não chamei muita atenção ou se passo por lugares que me deixam um pouco mais apreensivo. Vi pouco movimento próximo a via. Algumas pessoas pescando e alguns garotos apedrejando um outdoor. Houve um momento que um veículo passou muito perto e devagar demais. Foi a situação mais apreensiva. Não cheguei a passar por nenhuma situação em toda a extensão da via que tivesse me preocupado além desta.
Com o final do trajeto na BR-116 em Sapucaia, após os 22 quilômetros da rodovia, a certeza de que é uma pedalada que deve ser refeita novamente, ainda há o trajeto de volta para casa e mais alguns quilômetros para pedalar.
Um pouco da sujeira acumulada. |
Até um indivíduo correndo tinha. |
Como um bom turista de primeira viagem, foto das placas. |
A BR-386, sentido interior capital. |
Registrando a chegada a BR-116, terminando o percurso da BR-448 e iniciando o retorno para casa. |