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No meio Dos Carros

    Pedalar no trânsito não é o tipo da coisa que seja recomendado. Nem por nós mesmos que fazemos isso. Então por quê fazemos? Boa pergunta. De arrancada, lugar de bicicleta não é na calçada, a não ser que esteja sendo empurrada e, empurrar a bike só ladeira acima se a transmissão não permitir e a teimosia acabar cedendo. Ciclovias? não temos o suficiente, e as que dispomos são ruins, estão engarrafadas, não cobrem o trajeto todo e convenhamos, se estamos pedalando no meio dos carros é porque a nossa velocidade está muito acima da praticada na ciclovia. Então a deixaremos para ciclistas a passeio. Nos resta o trânsito. 
    Pedalar no acostamento no caso de estradas é mais tranquilo, quando estas possuem um que esteja em boas condições de rodar e  seja suficientemente largo, se não for, paciência, o negócio vai ser trafegar em cima da faixa que delimita o fim da pista para o mato ou  barranco do lado da via e contar com o bom senso dos motoristas. Então resta confiar que o motorista que vem atrás te viu e não vai "só te dar um susto" sem a menor necessidade e  simplesmente porque sim.
Bom acostamento com poucas imperfeições
   Depois de alguns anos, pedalar nas estradas se tornou um pouco menos preocupante, talvez pelo  crescente número de ciclistas que se aventuram em trajetos intermunicipais. Claro, esse tipo de percurso exige um pouco mais de experiência, preparo físico, coragem e uma sinalização mais evidente na magrela, embora alguns persistam em não ter. 
    Pelas ruas dos centros urbanos, o fluxo maior é mais preocupante: pressa, desatenção, stress e o conhecido celular que alguns motoristas insistem em usar enquanto dirigem. Os buracos e emendas nas vias são de evidente preocupação: um pneu mais fino encaixa numa fenda no concreto e você fica igual a um carrinho de autorama. Só que na bicicleta você cai. 
    Como se refere o título deste post, andar ao lado da pista, ou no meio do corredor, como se fosse uma motocicleta as vezes é a unica solução para a velocidade que você está impondo à magrela, principalmente ladeira abaixo, onde as vezes nossa velocidade é igual ou maior que a dos veículos automotores, o que geralmente lhes causa espanto, afinal ver um maluco a 60, 70 quilômetros/hora (as vezes mais) em uma bicicleta, para alguns ainda é surreal. 
    

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