Neste último ano, em razão da pandemia que assolou o planeta, o uso das bicicletas como transporte individual também se disseminou proporcionalmente. Desde as bicicletas "para buscar pão na padaria" até as de nível profissional (depende do bolso do consumidor). Com isso, algumas questões que ciclistas pré pandemia já conheciam como desrespeito ao espaço alheio e outros pormenores, se tornaram de conhecimento geral. Inclusive roubos e furtos. E nossos bicicletários não são bons exemplos de segurança. Mesmo correntes, não garantem que estejam ali no retorno, e deixar nas bicicletas componentes como bolsas, caramanholas e outros periféricos que ficam somente encaixados no quadro, não é uma boa ideia. São raros os bicicletários que possuem acesso limitado ou controlado, monitorados então, são como uma jóia rara e, mesmo assim, acontecem furtos. Poucos possuem uma estrutura mais direcionada as necessidades dessa modalidade de transporte. Geralmente quem os tem, são empresas com algum apelo ambiental, porque infelizmente, demanda uma infraestrutura própria na qual poucas empresas estão dispostas a investir.
Praticamente todo não ciclista tem a opinião formada de que "bicicleta é tudo igual, serve pra ir daqui até ali e pronto, e quem faz mais do que isso são uns desocupados". O que é um ponto de vista errôneo. Vamos sim, buscar pão, aqui e ali, para o trabalho, passear por onde ainda não fomos, e pegar a estrada. Mas no intervalo dessas atividades, para descanso ou alguma refeição, temos que estacionar as magrelas, sem a garantia de que estarão ali no retorno, e inteiras.